quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Psicodrama


 Psicodrama pode ser definido como uma via de investigação da alma humana mediante a ação. É um método de pesquisa e intervenção nas relações interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa consigo mesma. Mobiliza para vivenciar a realidade a partir do reconhecimento das diferenças e dos conflitos e facilita a busca de alternativas para a resolução do que é revelado, expandindo os recursos disponíveis. Tem sido amplamente utilizado na educação, nas empresas, nos hospitais, na clínica, nas comunidades.
Jacob Levy Moreno
 O Psicodrama é um método desenvolvido no início do século XX pelo médico Jacob Levy Moreno, que acreditou que ao unir as bases teóricas do teatro com as bases da psiquiatria, chegaria a um método terapêutico que utilizasse a dramatização como uma forma de fazer o paciente equilibrar o seu emocional com textos improvisados. Ele propôs as três etapas da sessão psico, socio ou axiodramática: o aquecimento, a dramatização e o compartilhar. Cada uma das etapas representa um momento diferente no processo. No aquecimento se trabalha com a ideia de aleatoriedade através de jogos que envolvem a linguagem verbal, do corpo e a imaginação. Na dramatização alguma situação já adquiriu significado para o grupo, para o protagonista emergente ou mesmo para um único indivíduo. No compartilhar é quando há troca de sentimentos, impressões e reflexões sobre o acontecido em cena. É o momento de dar significado aos conteúdos da cena.
 Para Moreno há uma intencionalidade na cena: dar fluência à espontaneidade e à criatividade, através da contextualização da problemática, da ação dramática, do encontro, do olhar do outro, do olhar sobre si mesmo. Desta maneira ele acreditava que as pessoas estavam transformando seus papéis, dando-lhes nova visibilidade, podendo desempenhá-los mais adequadamente às necessidades do contexto.


Espontaneidade

 A Espontaneidade é a capacidade de agir de modo "adequado" diante de situações novas, criando uma resposta inédita ou renovadora ou, ainda, transformadora de situações preestabelecidas. É um fator que permite ao potencial criativo atualizar-se e manifestar-se.
 Para Moreno, todos nós já nascemos com a espontaneidade, a que ele denominou “Fator e”. A espontaneidade possibilita o ato da criação no papel (aluno, filho, irmão, namorado,professor etc.) e pode ser comparada à inspiração. Quando se está espontâneo, você tem consciência de que pode realizar a atividade ou dar uma resposta mental, verbal ou motora.
 A espontaneidade favorece um ponto de equilíbrio entre o que a pessoa quer e o que o contexto pede.
 A Espontaneidade funciona somente no momento em que surge, pode ser comparada metaforicamente a uma lâmpada que se acende e graças à qual tudo fica claro em casa. Quando a luz apaga, as coisas permanecem ocupando o mesmo lugar na casa, mas uma qualidade essencial desapareceu.
 A Espontaneidade é um fator fundamental para adaptação do indivíduo, ao seu meio ambiente sem que sua adequação signifique destruição ou perda de suas liberdades mas, muito contrário, uma maior possibilidade de exercê-las e desenvolvê-las nesse mesmo meio. Ao participar vivencialmente deste meio, o indivíduo desfruta dele e o engrandece.

Criatividade

 A criatividade é o processo em que algo novo é produzido. Construir o que já foi construído nada mais é do que reproduzir ou imitar. A criatividade é resultante de um ato espontâneo como vimos, e o aprendizado eficiente deve ser conseqüência. O processo espontâneo-criativo só existe no instante em que estamos produzindo, e o seu resultado é chamado de conserva cultural, ou seja, tudo o que produzimos e guardamos passa a fazer parte da nossa cultura e fica conservado para que outros possam ver e entender o que os outros descobriram e criaram.

Conservas culturais

 As conservas culturais servem para preservar valores de uma determinada cultura, e à estas é dada a função de um produto findado que conquistou uma qualidade praticamente sagrada, porém, a função criadora é despertada e lança uma nova espontaneidade.

“A luta contra as conservas culturais é caracteristica marcante de toda nossa cultura; expressa-se de várias formas na tentativa de escapar destas conservas. Este esforço de escapar do mundo-conserva parece tentativa de retornar ao paraíso perdido..” (Moreno, 1992, p. 149)


Cristalização

 A cristalização dentro do Psicodrama pode estar relacionado à recriação, adaptação. Trata-se de forma ou outra, da capacidade de um indivíduo misturar diferentes papéis dentro de uma cena adaptando-os com suas experiências guardadas. A partir do momento em que o paciente se permite ser psicodramaticamente espontâneo, quando através da ação ele integra pensamento e emoção, as suas experiências e contradições são evidenciadas e compreendidas.


Referências
• www.febrap.org.br/psicodrama/
• www.ebah.com.br/content/ABAAAAWWcAK/psicodrama
• www.homemdemello.com.br/psicologia/teoria
• pt.scribd.com/doc/56826157/8/A-TEORIA-DA-ESPONTANEIDADE-E-A-APRENDIZAGEM

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